Série “O labirinto”- O labirinto da Indecisão

Eu preparei uma série de textos (O labirinto) que te ajudarão a sair do mesmo, ganhar mais clareza emocional para não ficar andando em círculos em 2026. Se você deseja a liberdade de ser você mesma e bancar a sua verdade, vem comigo! Clareza é um luxo emocional nos dias de hoje. Por isso, antes de qualquer coisa, te convido a respirar fundo, pegar seu café e permitir que esse texto seja uma pausa — daquelas que você lê devagar, quase como quem se encontra consigo mesma no fim da tarde.

Contudo, há um momento na vida de toda mulher em que ela percebe, com uma honestidade cortante, que algo dentro dela não está mais funcionando. Aquele instante raro de lucidez, onde você se enxerga de fora e finalmente vê o que te prende. Você já viveu esse instante em que a verdade aparece mesmo que você não tenha pedido por ela?

Então surge uma confissão silenciosa: “Eu não consigo decidir. Eu não sei o que quero. Eu me perdi.” É quando você percebe que suas ações têm sido apenas sobrevivência — repetição — uma tentativa de manter de pé algo que já não faz sentido. Você segue fazendo o mesmo roteiro em cenários diferentes, como se a dúvida fosse uma velha companheira. Quando foi a última vez que você tomou uma decisão guiada pelo desejo, e não pelo medo?

Nessa etapa da jornada, você já sabe que não cumpre as promessas da segunda-feira. Sabe também que a euforia das ideias novas dura pouco e que o medo, habilidoso, te paralisa no instante seguinte. Projetos ficam pela metade, decisões viram adiamentos, e o futuro parece sempre esperar que você “se resolva”. Quantas vezes você já se frustrou por saber exatamente o que fazer — e ainda assim não conseguir fazer?

Por isso, vou chamar esse espaço interno de: o Labirinto da Indecisão.
Eu conheço bem as paredes dele: já me perdi ali, já acompanhei inúmeras mulheres dando voltas nesse mesmo território. É um labirinto que não é feito de caminhos, mas de emoções densas — medo, culpa, mágoa, raiva, sacrifício. Um labirinto emocional que, de tão familiar, chega a parecer confortável. Será que você também se acostumou a viver no mesmo círculo, acreditando que estava andando para frente?

O triste é que o conhecido se confunde com segurança.
E você segue ali: ocupada, cansada, distraída — sempre perto de decidir, mas nunca de fato decidindo. Quantas vezes você se viu ativa, mas não avançando? Ocupada, mas não vivendo?

Se chegou a clareza, então é hora de olhar para esse labirinto de cima.
Entender suas estruturas, seus padrões, seus rituais ocultos. Você já percebe o efeito da indecisão no corpo: a angústia no peito, o impulso de buscar uma resposta exata, a pressão do que “os outros vão pensar”, o medo quase infantil de errar. Você conhece bem a chuva de estratégias mirabolantes que não saem do papel. O que aconteceria se, pela primeira vez, você decidisse por algo que te anima — e não pelo que te apavora?

Eu poderia entrar profundamente nas teorias, explicar como a indecisão nasce da busca por reconhecimento, da tentativa de assegurar amor através de obediência, da confusão entre afeto e desempenho. Muitas vezes, tudo isso se enraíza na relação com os pais — especialmente quando existiu abandono, falta de presença emocional ou um amor condicionado. Será que você já percebeu o quanto tenta ser aceita e vista? E se no lugar disso, você experimentasse se guiar por desejo, por aquilo que te inspira e que te deixa feliz.

Porque quando você aprende que precisa sacrificar partes de si para ser amada, a autonomia vira um bonsai: pequena, limitada, podada. Você funciona, mas não floresce. E isso aparece nas suas relações, nos seus trabalhos, nas suas escolhas — ou na falta delas. Escolher é um gesto contínuo e esse é o convite que quero te fazer hoje – comece a escolher por você e pra você. Mas lembre-se: isso será um exercício diário.

Por fim, o Labirinto da Indecisão é feito de dúvida, medo, culpa e sacrifício.
Mas também é o primeiro dos labirintos. O primeiro espelho. O primeiro chamado para voltar a si mesma. Você está pronta para atravessá-lo?

Quer olhar de forma profunda para a sua história comigo?

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